Um pouco de Yule.
>> quinta-feira, 13 de junho de 2013
O Sabá do Solstício de Inverno
(Natal) é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a
crescer, e as horas de escuridão a diminuir.
É o festival do
renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus Chifrudo. (O aspecto do Deus
invocado nesse Sabá por certas tradições wiccanianas é Frey, o deus escandinavo
da fertilidade, deidade associada à paz e à prosperidade.).
São também
celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou.
Nesse Sabá os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus Chifrudo
renascido que governa a "metade escura do ano".
Nos tempos antigos, o Solstício de Inverno correspondia à Satunália
romana (17 a
24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao
sol.
Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como
a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho queimar a acha de
Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristã. (O Natal, que
acontece alguns dias após o Solstício de Inverno e que celebra o nascimento espiritual
de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da
época do Natal.)
A queima da acha de Natal originou-se do antigo
costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que,
pensava-se, renascia no Solstício de Inverno. Tempos mais tarde, o costume da
fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e
por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos solares e outros
símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a Árvore Cósmica da Vida
pelos antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. Algumas
tradições wiccanianas usam a acha de pinheiro para simbolizar os deuses
agonizantes Attis, Dionísio ou Woden. Antigamente as cinzas da acha de Natal eram
misturadas à ração das vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram
espargidas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal,
repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno
adaptou vários dos costumes antigos da religião Antiga dos Pagãos.
O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o
chamavam de "Árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes
curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se
pensava que a planta viva, que é, na verdade, um arbusto parasita com folhas
coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do
grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do
visco originou-se da ideia de que seus frutos brancos eram gotas do sémen
divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao
sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco
sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade
para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de
êxtase sexual acompanhavam frequentemente os ritos do deus-carvalho; hoje,
contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.
A tradição relativamente moderna de decorar
árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro
associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como
decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como
aparecem na Árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já
partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que
evoluíram nos atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como
oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.
O outro exemplo das raízes pagãs das festas do Natal está na moderna
personificação do espírito de Natal, conhecido como Santa Claus, que foi, em determinada
época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o
"Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que
renascia na época do Solstício de Inverno.
Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar
sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal
praticado na Inglaterra e conhecido como "Beber à Saúde das Árvores do
Pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do
Solstício de Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e
agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que
continuassem a produzir abundantemente.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Solstício de Inverno são o
peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho
quente com especiarias.
SOLSTÍCIO
DE INVERNO: louro, cedro, pinho e alecrim.
SOLSTÍCIO
DE INVERNO:
dourada, verde, vermelha, branca.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: olho-de-gato e rubi.
Gerina Dunwich, Wicca a Feitiçaria Moderna.
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