Beannachet - Benção Irlandesa.
>> domingo, 29 de março de 2009
E, quando teus olhos congelarem-se por trás da janela cinzenta, e o fantasma da perda chegar a ti, que um bando de cores índigo, vermelho, verde e azul-celeste, venha despertar em ti uma campina de alegria.
Quando a vela se esfiapar no barquinho do pensamento, e uma coloração de oceano escurecer abaixo de ti, que surja por sobre as águas uma trilha de luar amarelo para levar-te a salvo para casa.
Que o alimento da terra seja teu, que a claridade da luz seja tua, que a fluidez do oceano seja tua, que a proteção dos antepassados seja tua.
E, assim, que um lento vento teça estas palavras de amor à tua volta, um invisível manto, para zelar por tua vida.
John O´Donohue
Sara! me perdoe meus desatinos, além de pouco tempo por aqui, ando desvairada.
Muito grata por uma tão linda gentileza, que eu não soube retribuir na altura....mil perdões.
Iniciação da Alma.
Mulheres Celtas.
O Credo das Bruxas.
>> sexta-feira, 27 de março de 2009
O Credo das Bruxas
Ouça agora a palavra das Bruxas,
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,
e que agora à luz nós trazemos.
Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do Fogo,
E da Terra e do Ar que circunda,
Manteve silêncio o nosso povo.
O eterno renascimento da Natureza,
a passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,
que num Círculo Mágico se alegra.
Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabbats,
No antigo Halloween e em Beltane,
ou dançando em Imbolc e Lammas.
Dia e noite em tempo iguais vão estar,
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez,
Bruxas a festejar,
Ostara, Mabon,
Litha ou Yule saudar.
Treze Luas de prata cada ano tem,
e treze são os Covens também,
Treze vezes dançar nos Esbaths com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.
De um século à outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.
Quando o círculo mágico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,
na terra das sombras daquele momento.
O mundo comum não deve saber,
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos Deuses se faz conhecer,
e a grande Magia ali se realizará.
Na Natureza, são dois os poderes,
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dois os pilares,
que protegem e guardam a entrada.
E fazer o que queres será o desafio,
como amar a um amor que a ninguém vá magoar,
essa única regra seguimos à fio,
para a Magia dos antigos se manifestar.
Oito palavras o credo das Bruxas enseja:
Sem prejudicar ninguém, faça o que você deseja.
A NATUREZA TRINA DA MULHER.
>> quarta-feira, 4 de março de 2009
A NATUREZA TRINA DA MULHER
A natureza da mulher é cíclica e bem separada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.
No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.
No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.
Veremos a mulher em sua diferente Lua....
Mirella Faur.